terça-feira, 17 de abril de 2012

A LENDA DO BOTO

A LENDA DO BOTO


Morador muito querido

Dos rios da Amazônia

Animal bem conhecido

Do Pará até Rondônia

Parecido com golfinho

Gracioso esse bichinho

Beleza não se contesta

Sobre o boto cor-de-rosa

Tem uma lenda famosa

Nas entranhas da floresta



Em certas localidades

À noite, das águas sai

Durante as festividades

Converter-se em homem vai

Sujeito belo, elegante

Criatura fascinante

Com a branca vestimenta

Visual irretocável

Um terno alvo, impecável

Esse camarada ostenta



A transformação citada

Contudo, não é perfeita

A figura é adornada

Um chapéu branco enfeita

Usados pra respirar

Precisa ele ocultar

Da cabeça os orifícios

Humano quase total

Detalhes do animal

Ficaram como resquícios



Cavalheiro sedutor

Depois da metamorfose

Gentil e encantador

Provoca certa hipnose

Faz sucesso c'as mocinhas

Sempre escolhe as bonitinhas

Pra ficarem do seu lado

Pra margem do rio ou praia

Arrasta o "rabo de saia"

Seu intento é consumado





































Em um clima de magia

Os afagos não se nega

O seu desejo sacia

O casal é pura entrega

Sem sequer dizer o nome

Depois disso, ele some

Sem voltar na redondeza

Ocorre a fecundação

Do fruto da gestação

Foi-se o pai, que malvadeza!



Esse folclore da gente

Tem estórias cativantes

Sobre esta, comumente

Dizem vários habitantes

Quando mulher engravida

E sendo desconhecida

"Autoria" masculina

Esse aí, já fiques certa

Deve ser, não foste esperta

"Filho do Boto", menina!

Nenhum comentário:

Postar um comentário