terça-feira, 17 de abril de 2012

Dramatização de A Dama de Espadas - de Aleksander Pushkin

A dama de espadas - de Aleksander Pushkin


NARRADOR: Eles estavam jogando cartas na casa de Narumov, um oficial da cavalaria. Era noite de inverno , todos sentados na mesa, já eram mais de quatro da manhã quando eles sentaram-se para ceiar. Aqueles que haviam ganhado aproveitaram a comida: os outros sentaram-se desinteressados à mesa, diante de pratos que permaneciam vazios. Porém quando o champanhe apareceu, a conversa cresceu e ganhou força, e todos participaram do diálogo.

Narumov:--Como você tem estado, Surin”?

Surin” -- “Perdendo, como sempre. Eu preciso confessar, não tenho sorte.

NARRADOR: O diálogo continua entre os homens. O visitante fala apontando na direção de um jovem engenheiro;

Visitantes-- olhe para Hermann!” “ele nunca segurou uma carta nas mãos, e muito menos apostou uma moeda, todavia, ele senta-se conosco até às cinco da manhã e nos observa jogar.”

Hermann-- “Eu sou muito interessado em cartas”, , “mas eu não estou numa posição de sacrificar o essencial na esperança de adquirir o supérfluo.”

NARRADOR: “Hermann é um alemão, prudente e tem controle. Os homens continuam cnversando, quando Tomsky comenta, sua avó a condessa Anna Fedorovna”

Todos--“Como?”,

Narumov --“Certamente não há nada de estranho no fato duma senhora de oitenta anos não querer jogar”,

NARRADOR: Tomsky é um homem conhecedor da história de sua avó, ele conta para seus amigos.

Todos-- “Nós não conhecemos”.

Tomsky --“Oh, então escutem! Eu preciso contar-vos que há sessenta anos minha avó veio de Paris e ela era muito popular por lá. As pessoas corriam atrás dela, a cortejava. Naqueles tempos as damas costumavam a jogar faro. Um dia na corte, ela perdeu uma grande quantia de dinheiro para o Duque de Orleans. Ao chegar em casa, vovó contou ao marido sobre a perda, enquanto despia-se de sua saia e retirava a maquiagem; ela ordenou-o a pagar a dívida. Meu avô, pelo que eu me lembro, era uma espécie de mordomo para vovó. Ele sentia medo dela. Todavia, quando ouviu o valor do montante, ele perdeu o temor, trouxe as contas que eles deviam e mostrou para ela que eles gastaram mais de meio milhão em seis meses, Enfim, ele se recusava absolutamente a quitar as dívidas. Na manhã seguinte, ela pediu novamente o dinheiro, porém ele continuava mais firme ainda na decisão. Pela primeira vez na vida, vovó discutiu longamente com ele. Ela tentou envergonha-lo, dizendo que existiam dívidas e dívidas, e que havia uma diferença entre dever a um príncipe e um carroceiro. Mas isso não foi o suficiente. Vovô esta decidido. “Não” — e isso foi o fim de tudo.

Todos— Que História!

NARRADOR: Todos ouviam a história de Tomsky que não parava nem um minuto pra comer algo.

Tomsky --Ela possuía dentre os seus amigos mais íntimos, um homem notável. Vocês já devem ter ouvido falar do Conde de . Germain, E, também, devem ter escutado que ele alega ter vivido por séculos por ter descoberto o elixir da vida e a pedra filosofal. Pois bem, as pessoas riam dele, e consideravam-no charlatão, e Casanova diz em suas memórias que o conde era um espião; Vovó, contudo, era muito dedicada a ele, e ficava nervosa se alguém faltava ao conde com respeito. Ela sabia que Germain possuía bastante dinheiro. Assim sendo, decidiu apelar para ele escrevendo-lhe uma mensagem, pedindo-lhe para visitá-la.

NARRADOR:--O ancião foi ao encontro da vovó imediatamente, e a encontrou aflita. Ela contou-lhe sobre a dívida e a decisão de meu avô, e disse-lhe que ela depositava-lhe toda a sua esperança devido a amizade que os dois possuíam.

Vovó – Preciso de sua ajuda, pois você é minha única esperança. Pela amizade que nós temos. Preciso de dinheiro.

Germain -- “Eu posso prover-lhe essa quantia, “mas eu sei que você não ficaria feliz até quitar seu débito comigo, e eu não gosto de causar-lhe preocupação. Existe uma outra maneira: você pode recuperar o dinheiro.”

Vovó-- “Mas, caro conde”,“Eu contei-lhe que eu não tenho nenhum dinheiro”.

Germain --“Não é o caso de dinheiro”, “por favor escute o que irei contar-te”.

NARRADOR : Os dois conversando , e ele revelou para ela um segredo que todos nós gostaríamos de conhecer…Os jovens apostadores redobraram suas atenções. Tomsky acendeu seu cachimbo, tragou e continuou a falar de sua avó.

Tomsky - Vovó pediu desculpas por não ter levado o dinheiro, e inventando algumas histórias para desculpar-se, começou a jogar contra ele. Ela selecionou três cartas e jogou-as uma atrás da outra: todas as três ganharam, e ela recuperou o que havia perdido”.

Convidados: “Obra do acaso”.

Hermann--“Um conto de fadas”,

Todos-- “Cartas marcadas, talvez”,

Tomsky --“Eu não acho.

Narumov, --“Quê!?” “você possui uma avó que pode adivinhar três cartas sucessivamente e você nunca a pediu para revelar-te o segredo ainda?”

Tomsky --“De fato, tentei!” “ela tinha quatro filhos, um deles, meu pai; todos eram jogadores viciados, mas ela não revelou o segredo para nenhum deles, embora isso não tenha sido um coisa má pra eles, ou até mesmo para mim. Mas isto é o que meu tio conde Ivan contou-me e garantiu-me por sua honra que isso era verdade. Mas depois eu soube que ela falou para um deles: Tchaplitsky Ela deu-lhe três cartas, as quais ele deveria jogar uma após a outra, e fê-lo prometer por sua honra que nunca mais jogaria. Tchaplitsky foi de encontro a Zoritch; eles sentaram-se para jogar. Tchaplitsky apostou cinquenta mil na primeira carta e ganhou; dobrou a aposta e ganhou; fez o mesmo e ganhou, recuperando, deste modo, o que havia perdido, e além disso sobrou-lhe algo para barganhar depois.

NARRADOR : os homens ao ouvirem toda esta história esvaziaram seus copos e foram para casa pois já era hora de ir para cama já era quase seis horas. Na verdade, já “é quase dia.”



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