quinta-feira, 17 de abril de 2014

JORNAL FALADO SOBRE O LIVRO DA MORENINHA.


JORNAL FALADO

 

Locutor-Olá pessoal,  boa tarde.  Ouvintes  da radia Paulo Freire, aqui com vocês  é Paulinha Freire. Estamos sintonizados na radia (Paulo  Freire) 105 FM  ao vivo.

Locutor- Você  minha dona de casa, ouvinte  trabalhador, ai  no centro, estudante em  sala de aula ouvindo a radia pelo  celular e atrapalhando as aulas dos professores,  ouça o que vou falar: é  linda história de amor.

Locutor-É uma  história  de se apaixonar vinda lá do Rio de Janeiro é fresquinha aconteceu  agora nos anos de 1840. Então escute meu caro ouvinte:   Uma linda  Morena que morava lá pelos bandos dos morros de Paquetá,  com sua avó e sua bá, mas a morena era dura de se apaixonar.

Moreninha, Moreninha,
Tu és das belas rainha,
Mas nos amores és má;
– Como tu ficas bonita
Com as tranças presas na fita,
Com as flores no samburá!

Locutor- Mas antes de continuar esta história vamos ouvir,   ao vivo  lá na barra do mutirão , onde  está a    nossa repórter Glória Maria. E ai Glória Maria o que nos trás de interessante por ai? Não vai me dizer que aconteceu mais uma morte?

Repórter 1- Nada, nada, nada Paulinha, estou aqui é  com  o homem, o  cara, o autor  dessa história que  você vai contar. Seu Joaquim Manuel de Macedo, nascido em 1820, novo esse homem...  Que falará um pouco do  sucesso que é sua obra, A moreninha.

Joaquim-  muito obrigado. Estreei  na literatura  muito cedo e minha primeira publicação foi este  romance, A Moreninha, que me deu  fama e fortuna imediata. Essa obra descreve a vida familiar e os costumes da sociedade carioca de 1840, mostra as festas, as conversas de comadre, as intrigas, os ciúmes e os namoros ingênuos entre estudantes e mocinhas que, quase sempre, acabaram em casamento feliz.

Repórter 1- É um lindo romance mesmo. Muito obrigada seu Joaquim. Agora é com você Paulinha.

 Locutor-Muito bem,  muito bem... Meu caro ouvinte é de se apaixonar  mesmo esta obra.   Mas agora antes de continuar vou mandar um  alôzinho  pra galera do mutirão,  Bom Jesus,  Parque das Palmeiras,  Paulo Freire ,   em especial A Diretora Isaura e a galera do whasappfreire  aquele beijão.

Locutor- vamos aos nossos  patrocinadores, e direto do feirão dos móveis está nossa locutora queridíssima Lara Bernardes. É com você Lara.

Repórter 2-  Olá  Paulinha Freire, boa tarde a todos ouvintes, estou  aqui na seção de cadeiras,   do Feirão dos Móveis e as promoções estão quentíssima, móveis baratinho pra você comprar para sua casa, mas olha Paulinha Freire,  quem eu encontro aqui.  Carolina a morena de Joaquim. Moreninha como sempre linda.  Então moreninha  anda comprando os móveis da casa?  

Moreninha- Obrigada pelos os elogios. Pois é,  vou fazer uma festa lá em casa  e preciso comprar uns móveis, para nossa casa. Eu e Augusto vamos nos  casar.

Repórter 2-    Que legal moreninha,  pois é  ao ler sua história observei que você é uma moça muito bonita,  porém muito grossa. Porque você tratava o Augusto tão mal?

Moreninha- Não... Eu também me apaixonei, mas eu queria que ele provasse que me amava.  Pois ele  apostou que se ficasse apaixonado por uma mulher por mais de quinze dias, escreveria um romance contando a história desta paixão. A partir daí  ele me conhece, e  se apaixona.  O único obstáculo à  nossa união  foi uma  promessa de fidelidade feita por ele  a uma menina que conhecera na infância e cujo paradeiro e identidade desconhecia. Porém, esse empecilho é resolvido  e pra  surpresa de todos vamos nos casar.  

 Repórter 2-  OK!   Muito obrigada  pela sua atenção e muito sucesso para seu casamento, é com você Paulinha Freire.

Locutor- Pois é meu  caro ouvinte, é uma linda história,  então vão  lá, vá à  biblioteca e conheça  a obra, leia.

 Locutor- A história  é mesmo muito bonita... eu li e amei pois  Augusto, rapaz que aposta com amigos  que não ficaria apaixonado por mais de 15 dias por mulher alguma, sua pena  será a de escrever um romance para estes amigos. O romance A moreninha é o fruto desta aposta. Mas vamos lá para o Paraíba, onde está nossa repórter Geiza  Nascimento, com as novidades dos nossos patrocinadores. Vai ai um alôzinho  para a galera do bairro Cafeteira, Ipiranga, Vila Lobão e Brasil Novo e a galera do  whasappfreire. É com você Geiza  Nascimento.

 Repórter 3-  olá Paulinha Freire, e ouvintes da rádia Paulo Freire.. o  Paraíba  é a loja do povo, muitos móveis e muitos utensílios, baratinho, venha e compre. Mas olha quem eu encontro aqui Paulinha Freire, é ele o Augusto do filme a MORENINHA,  o homem durão, que nunca tinha se apaixonado por nenhuma moça. Augusto é estudante e colega de Felipe, cuja irmã é Carolina. Augusto quando criança jurou amar eternamente uma menina cujo nome ignora e fica inconstante em seus amores, até que conhece Carolina, pela qual se apaixona e persegue.    Augusto você se acha um garanhão, porque teve dificuldades de conquistar Carolina?

 Augusto- Porque ela já sabia de minha fama de garanhão e tinha medo de ser mais uma entre tantas.

Repórter 3- Como você se sentiu depois de vê-lo Carolina, sua amada de infância, depois de tanto tempo?

Augusto- eu não sabia que era ela, mas quando foi revelado,  ser ela minha amada, fiquei muito feliz, ficamos noivos, e casamos.

Repórter 3- Muito obrigado seu Augusto, agora é com você Paulinha Freire.

 Locutor-  Muito obrigada  Geiza  Nascimento. Esta história  é um exemplo do clássico do Romantismo, tendo sido o  primeiro exemplo brasileiro de Joaquim  Manuel de Macedo .  A obra de Macedo apresenta todo o esquema e desenvolvimento dos romances românticos iniciais: descrição dos costumes da sociedade carioca, suas festas e tradições, estilo fluente e leve, linguagem simples, que beira o desleixo, tramas fáceis, pequenas intrigas de amor e mistério, final feliz, com a vitória do amor. Com esta receita, Macedo consegue ser o autor mais lido do Brasil em seu tempo. Macedo foi, por excelência, o escritor da classe média carioca, em oposição à aristocracia rural. Sua pena tinha o gosto burguês; seus romances eram povoados de jovens estudantes idealizados, moçoilas casadoiras, ingênuas e puras e demais tipos que perambulavam pela agitada cidade do Rio de Janeiro.

Vou ficando por aqui,  e  pra fechar nosso assunto de hoje:

Morena, minha Morena,
És bela, mas não tens pena
De quem morre de paixão!
– Tu vendes flores singelas
E guardas as flores belas,
As rosas do coração?!...

Meu  tchauzinho a todos os ouvintes e  um abração. 

 

 

   

Nenhum comentário:

Postar um comentário